Você já deve ter ouvido falar da doença mão-pé-boca, que deixa tantas mães e pais de cabelo em pé quando o assunto é volta às aulas das crianças… Porém, acalme-se! Agora vamos entender tudo que está por trás dessa doença, que ganhou destaque nos últimos tempos e que gera tantas dúvidas entre as famílias.
O que é a doença mão-pé-boca?
A doença mão-pé-boca é uma virose causada pelo vírus tipo Coxsackie, que é mais comum na infância, apesar de poder afetar adultos também. Essa doença é altamente contagiosa, podendo ser transmitida com facilidade através do contato próximo com saliva, secreções e até fezes contaminadas.
Nesse sentido , a transmissão acelerada dessa doença faz com que ela apareça em surtos, principalmente em locais com muitas crianças juntas. Por isso, com o retorno das atividades presenciais de escolas e creches no contexto da pandemia, as famílias devem ligar o alerta para a disseminação da doença mão-pé-boca, observar a criança e sempre consultar o pediatra em caso de dúvidas.
A doença mão-pé-boca pode disseminar facilmente entre crianças através de gotículas, secreções e saliva.
O que a doença mão-pé-boca pode causar?
O quadro clássico da doença mão-pé-boca inicia com febre, sem outros sintomas. Depois de alguns dias, surgem aftas na mucosa da boca e pequenas bolhas nas mãos, pés, região genital e nádegas. Após o surgimento dessas lesões, devemos reforçar os cuidados, visto que é o período em que a doença é mais contagiosa. Lembrando que não é obrigatória a presença de lesões em todas as regiões mais comuns, portanto cada criança manifesta a doença de uma forma.
As lesões nas mãos e outras partes do corpo na doença mão-pé-boca surgem após alguns dias de febre.
Atenção, mamães e papais! As feridas na boca podem levar ao aumento da salivação e à dificuldade para se alimentar, por isso, devemos redobrar os cuidados para manter a criança alimentada e bem hidratada. Nesses casos, aqui vão algumas dicas: incentive bastante a hidratação, opte por alimentos gelados, pastosos, que não sejam ácidos ou cítricos e alimentos sem temperos, visando aliviar um pouco o desconforto da criança.
As feridas na boca são dolorosas e podem dificultar a alimentação das crianças com a doença mão-pé-boca.
Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, perda de apetite, vômitos e diarreia.
Meu filho está com a doença mão-pé-boca! E agora?
Em primeiro lugar, a criança que estiver apresentando sintomas da doença não deve ser levada para a escola ou creche e deve passar por atendimento médico para os cuidados necessários. Após a confirmação pelo pediatra, a criança deverá permanecer afastada da escola e da creche até o desaparecimento dos sintomas, para evitar a transmissão da doença entre os colegas.
Em segundo lugar, apesar da doença mão-pé-boca ser autolimitada, isto é, se resolver sozinha, sem necessidade de tratamento específico, alguns cuidados podem ser tomados para aliviar o quadro e para evitar que a situação piore. Dentre eles:
- Aumentar a oferta de líquidos, para evitar a desidratação;
- Oferecer alimentos de fácil mastigação, pastosos e gelados;
- Caso a criança amamente, aumentar a frequência das mamadas;
- Higienizar as mãos e os brinquedos com frequência;
- Manter o cuidado com a higiene bucal, buscando realizar a escovação de forma mais delicada, com escova macia e creme dental adequada;
Vale ressaltar que o vírus pode continuar sendo eliminado nas fezes mesmo após a cura dos sintomas, por isso, é importante manter os hábitos de higiene pessoal, realizar a higienização das mãos frequentemente, após a troca de fraldas das crianças, após ir ao banheiro e antes de manusear comida ou objetos. Além disso , os brinquedos também merecem uma atenção especial e devem ser higienizados adequadamente, a fim de se evitar a transmissão da doença através do compartilhamento de objetos contaminados.
Sendo assim, como não existe um remédio específico para a doença mão-pé-boca, devemos tratar os sintomas à medida que eles aparecem e incomodam a criança. Em conclusão, mamães e papais, sempre procurem o pediatra para verificar a necessidade do uso de antitérmicos e analgésicos e para demais orientações.
