Dia 30 as 3:40 da manha reparei que as contrações de treinamento estavam vindo com uma cólica, acordei o Lucas e começamos a cronometrar, elas ficaram ritmadas e a dor foi aumentando então avisamos a equipe. A Lili chegou para me avaliar umas 7:30 e eu estava com 3 cm, mas ela já conseguia tocar a cabecinha da Maria Flor como estávamos em LS e o TP poderia evoluir muito rápido, decidimos ir pra BH e não correr riscos. Porém o contrário disso aconteceu, o TP foi lento e mesmo fazendo escalda pés, massagens, aromaterapia, descolamento de membranas, a dilatação permanecia quase a mesma coisa. As meninas então foram embora e recomendaram que eu descansasse porque de noite as contrações se intensificariam e qualquer novidade avisasse a equipe. Tentei dormir mas era impossível de tanta dor, fiquei no chuveiro com o Lucas até chegar no meu limite e decidimos ir pra maternidade.

Chegando lá Dra. Ana me recebeu com um abraço que a pandemia durante os 9 meses não tinha deixado acontecer e isso aqueceu meu coração. Já no quarto ela rompeu minha bolsa para tentarmos acelerar o TP, e depois de algum tempo solicitei analgesia, e consegui descansar. Quando acordei comecei a me movimentar porque já estava com dilatação total e aos poucos a Maria foi descendo, decidimos ir para o banquinho e depois de algumas contrações nessa posição, os batimentos da Maria Flor caíram, Dra. Ana olhou pra mim e falou: Ingrid ela precisa nascer agora, se não vou precisar te ajudar. Eu fiz toda a força que eu tinha e ela não nasceu, então me colocaram na maca e quando a Dra. Ana colocou o vácuo e ia me ajudar, os batimentos normalizaram e não foi preciso, graças a Deus. E após mais duas contrações ela nasceu, com duas circulares de cordão que explicaram o desconforto no banquinho. Nasceu nossa florzinha, 1:56 do dia 31/12 com 48,5cm e 2,932g e veio direto pro colinho da mamãe pra nossa tão esperada Golden hour.




